terça-feira, 22 de junho de 2010

Caminho de volta pra casa. Me ocupando com pensamentos que iam de abudção à combustão espontânea, me torno espectador de uma cena inusitada: Colisão frontal entre dois veículos com saldo de mortes igual a zero.(Quem não sai de casa esperando que algo do tipo aconteça? Isso, para mim, é o sentido que TODOS procuram para vida.)
O que me chamou atenção, no entanto, não foram conclusões óbvias dos espectadores que a tudo assistiam embasbacados ("bateu mano!") mas sim, bandeiras com a cara da Dilma (...) Bandeiras daquelas que ficam sobre o capô do carro com a cara de um candidato qualquer, voaram estupidamente com o impacto.
Proporcionando, além do entretenimento da colisão em si, efeitos visuais patrióticos.
Como todo bom brasileiro (depois de gravarem com seus 'nokias o acidente e prestarem o devido/errado socorro (aparentemente, todos os presentes eram formados em medicina) - nessa ordem) toda a confusão foi resolvida com um saudável diálogo (...) Não! Tentaram solucionar tudo do modo mais primata possível. E Sim, eu tinha ganhado o dia.
Um policial a paisana ao tentar resolver a situação tomou um 'safanão moral' de um dos motoristas envolvidos na colisão, que aparentemente, era de um cargo militar acima do seu.
Definitivamente, um show de tramas. Como estava anoitecendo e eu estava faminto. Ajeitei a mochila nas costas e continuei meu caminho. Me livrando aos poucos da pequena dose de adrenalina que a situação me favoreceu. Não imagino como tudo tenha terminado. Alias, tenho uma vaga idéia! No ritmo com que as coisas andavam, não seria surpresa uma abdução ou até mesmo combustão espontânea.
Mais uma olhada por cima do ombro, para dar adeus a situação, vi a bandeira com a cara da futura presidenta do país, embolada, próxima ao acostamento. Quase que perdida entre cacos de vidro, policiais, hierarquia policial, discussão e curiosos -"Pra frente Brazil"(...)

segunda-feira, 21 de junho de 2010

"Complicações aparecem todos os dias."

Digitar escutando música pode parecer bom, mas com um pacote de confetes pode ser melhor ainda. Tudo se transforma quando se tem em mãos aqueles disquinhos crocantes de chocolate...
Eu aguardava impaciente a resposta piscar em laranja no meu msn, enquanto tentava inutilmente abrir o pacote de confetes. A demora e a tensão tomaram conta de mim, e o pacote se abriu de forma limitada, despejando, por sua vez, apenas um e metade de um de seus preciosos. A resposta ainda não havia aparecido, os confetes não desciam e a música tocava.
Se acompanharem meu raciocínio, verão que a soma de todos esses fatores resultam em uma situação de pânico: como pode a música continuar em seu curso normal, quando que os confetes estão empacados, e a resposta ainda vaga. A música tinha que parar!
... mas não parou.
Em uma tentativa de solução para a situação, apertei os dedos contra os confetes, para que pressionassem os da borda e viessem todos de uma vez, para que assim eu pudesse parar a música e conseguisse acabar com a tortura de vez. Entretanto, o saquinho cedeu à brutalidade aplicada por mim em sua matéria, e me deu uma resposta sábia que só depois pude entender: "Se você quer tanto assim, terá todos os meus confetes!" e caíram sobre mim, todos os seus soldados recheados de chocolate. Eu persisti, alcançando o quanto alcançava e abocanhando o máximo que minha musculatura permitiu.
Ao final da batalha, os destroços baseavam-se em confetes pisoteados e presos entre as teclas de um teclado torto; e eu, perdido, mastigando centenas deles com pouca força e, por fim, vontade.
Não era mais o mesmo singelo sabor de chocolate crocante. Era o sabor da ganância humana, saturada e prostrada. O sabor dos confetes mudou;

... eu mudei.

Ode ao fracasso

obesidade.

Teoria

Se você for uma pessoa má,
Deus vai te mandar pro inferno,
e lá você vai sofrer como nunca,
pagando pelo que fez de errado.

Das duas uma:
Ou Deus é um
Godfather
e o Diabo é o seu capanga,
Ou então o Tinhoso
é um Justiceiro...

J. Varela.